Como falar da Provence depois de tanta impressão que tive, nesses últimos 9 dias que passamos por lá.
Quem quer conhecer essa região do sul da França, que é bem maior que imaginei, não fique preso muito tempo nas grandes cidades como Marseille, Aix-en-Provence ou Avignon ( que são lindas), mas a verdadeira imagem que pensei da Provence se encontra na "Alta Provence". É lá também onde se vê as imagens dos cartões postais com os campos de lavanda, trigo, canola (atualmente), plantações de pêssegos, amêndoas e oliveiras.
Viajar nesse época de inicio de primavera foi uma boa idéia. O tempo tava maravilhoso (temperaturas médias 23*C e céu azul), não tinha invasão turística e dormimos em hotéis com ótimos preços da baixa estação.
A desvantagem foi não ver os campos de lavanda lilás, mas deu pra ter uma idéia como tudo fica lindo nessa região.
O contraste das casas com cores bege, muitas vezes construídas com pedras naturais da região, é uma imagem perfeita harmonizada com a natureza.
Para quem quer conhecer esse paraíso vale apena ler o blog "13 anos depois" (fiquei apaixonada), ou buscar outras informações, pois tem muita coisa pra ver e conhecer.
Nossa primeira parada foi em Dijon, onde resolvemos dormir a primeira noite. Ainda não era na Provence, mas a cidade conhecida pelas suas mostardas, tem uma ar bem romântico também. Culturalmente é rica em eventos culturais na literatura e artes. O centro de Dijon é muito gostoso de passar o final da tarde, depois de visitar algumas lojas, sentamos perto do Arco do Triunfo de Dijon (homenageando Thómas Jefferson que declarou a libertação dos escravos em USA) para jantar a luz do sol e céu azul, em plena 19:00 da noite!
Hotel pertinho do centro num quarto grande para família com 4 pessoas, atendimento super simpático, café da manhã bom, posso recomendar (aqui).
Partimos então para nosso primeiro destino provincial, Moustiers. Atracamos, literalmente
em um vilarejo de aproximadamente 700 habitantes chamado Moutstiers-Sainte-Marie.
Palavras... Não. Imagens bem melhor!
Amamos... Passeio de caíque, pedalinho no lago de Sainte Croix no parque Nacional
Georges du Verdon, passando pela rota da lavandas, dos pêssegos, das oliveiras.
*Vale apena ler toda reportagem sobre Moustiers-Sainte-Marie* Nota do Globo reportér: aqui *
"O lago artificial Sainte Croix foi criado a quase 40 anos para gerar energia pra toda essa região. E se transformou num dos cartões postais da Provence. Em muitos trechos, a água brota da terra e desce pelos paredões.
Dois milhões de anos atrás, tudo isso era mar. Mas um terremoto de grande intensidade mudou toda a paisagem. Os minerais, que estavam no fundo do mar, vieram à superfície e começaram a desenhar o Gorge du Verdon.
Paredões altíssimos impressionam. São 21 quilômetros de majestosa beleza.
O Parque Nacional de Gorges du Verdon é tão bonito que o Globo Repórter fez questão de mostrar esse lugar de diversos ângulos. De cima, é um dos mais espetaculares."
Aos redores conhecemos a fábrica da L'Occitane , não só porque a amigona minha é gerente de uma das lojas aqui na Alemanha, mas poder ver de perto uma indústria que conquistou o mundo trabalhando com produtos naturais, a maioria produtos provinciais, e ainda consciente com o meio-ambiente, foi uma boa experiência. A fábrica possui um museu, uma loja com os produtos mais atuais e ainda tivemos sorte de podermos fazer um passeio na fábrica junto com um grupo, onde podemos ver todo processo de fabricação dos produtos.
P.S. Amei os novos produtos L'Occitane au Brésil com a linha de Jenipapo, Vitótia Régia e Mandacaru!
3 dias lá foram poucos para conhecer essa região, mas tínhamos resolvido dirigir pro sul destino Marseille, capital da Provence.
Cidade portuária, considerada capital cultural européia, cenário cinematográfico de vários crimes e na cena de literatura romântica também. Lembro que quando estávamos ainda resolvendo nosso roteiro, meu marido falou logo que tinha que ir em Marseille, pois assim ele iria ver de perto as imagens de vários livros que já leu!
Tomar café no porto admirando os iates e barcos atracados, passear pela ruas de lojas famosas, admirar o panorama da Notre-Dame-de-la-Garde, Marseille oferece muito. Descendo pela costa você pode ter uma idéia da imagem de Cotê Azur até Mônaco ( mas garanto que a minha viagem de 6 anos atrás de Gênova-Italia até Mônaco, não foi tão emocionante como essa).
Agora o destino foi o Parque ecológico nacional de Camargue.
Formado porareias e cascalho, em Camargue a região é rica em lagoas. Há viticultura, cultivo de frutas e de arroz. A pecuária é abundante, com criação dos famosos cavalos brancos de Camargue e os touros pretos.
A Camargue é uma zona húmida de importância internacional, com a maior população de flamingo da Europa.
Recomendo nas redondezas as cidades Sainte-Maries-de-la-Mer com uma influência espanhola muito grande, Le Grau du Roi onde se encontra as Salinas D'Aigues-Mortes com a produção do Fleur de Sel, apreciado na gastronomia atualmente.
Uma mistura de praia com arquitetura medieval, essa região me surprendeu também.
Se quer conhecer adegas de vinhos, castelos, lá você não vai se decepcionar.
Retour à la maison!
Merci!